Especialidades
CPRE
O que é?
A CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica) é o procedimento endoscópico que tem o intuito de avaliar e tratar a via biliar e pancreática, sem cirurgia.
Como é realizado?
O procedimento é geralmente realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral ou sedação profunda, e dura entre 30-50 minutos. É parecido com uma endoscopia digestiva alta, porém com aparelho mais calibroso e de visão lateral. Com auxílio da fluoroscopia é possível avaliar as vias biliares e a pancreática e tratá-los.
Quando fazer?
A principal indicação para a Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) é a desobstrução da via biliar. A obstrução pode ter diversas causas, entre elas a coledocolitíase (cálculos no colédoco) e os tumores periampulares. Essa obstrução pode causar colangite, a infecção das vias biliares, com dor abdominal, febre, icterícia e leucocitose (aumento das células brancas no sangue). É considerada uma urgência e a CPRE deve ser realizada o mais rápido possível.
Endoscopia digestiva alta
Quando necessário, poderá ser coletado material para biópsia (pesquisa da bactéria H. pylori ou investigação de lesões) ou realizar outros procedimentos para o tratamento de patologias, como por exemplo sangramentos, ressecção de lesões, dilatações entre outros.
Colonoscopia
O exame de colonoscopia normalmente é indicado para rastreio do câncer colorretal em toda a população, mesmo de assintomática a partir dos 45-50 anos de idade. Para a população com história de câncer colorretal na família ou com síndromes que predisponham a polipose intestinal, essa idade diminui. Quando existem sintomas que podem indicar alterações intestinais importantes, como sangramentos ou diarreia persistente, o exame também é indicado.
Para a realização da colonoscopia, é necessário fazer um preparo do cólon com ajustes na alimentação e uso de laxantes, para que o intestino esteja limpo e as alterações consigam ser visualizadas.
Tratamento do esôfago de Barrett por radiofrequência
A terapia endoscópica nos pacientes com Barrett tem mostrado cada vez melhores resultados. De uma forma geral, o tratamento está indicado no paciente com Barrett com displasia ou com adenocarcinoma intramucoso. O tratamento é minimamente invasivo e evita a esofagectomia, uma cirurgia de grande porte e alta mortalidade.
As estratégias de tratamento se dividem em duas, a depender da presença ou não de lesão endoscopicamente visível:
Barrett com displasia sem uma lesão visível: Terapia ablativa – Realização de ablação por radiofrequência.
Barrett com displasia e com lesão visível: Ressecção endoscópica da lesão visível, seguida da terapia ablativa do Barrett remanescente.
Ambos os tratamentos são eficazes e buscam reduzir o risco de progressão da doença para câncer de esôfago.
Plasma de argônio
O procedimento é realizado sob sedação, como uma endoscopia comum e pode levar a uma perda de peso de até 15%, quando bem indicado.
Dra. Juliany Medeiros
CRM/RN 8729 - RQE 3786 - RQE 4920
- Residência Médica em Cirurgia Geral e em Endoscopia Digestiva.